Os maquinistas alemães da companhia pública de trens do país iniciaram nesta quarta-feira (5) uma greve de cinco dias, a mais longa em 20 anos.
O sindicato alemão de maquinistas GDL convocou na última terça-feira uma nova greve de seus membros, programada para durar desta quarta-feira até a manhã da próxima segunda-feira.
Esta paralisação, que já é a sexta desde o início de setembro e se trata de um dos mais duros embates na história da companhia, a Deutsche Bahn, deve terminar às 4h do horário local (3h GMT) de segunda-feira. A greve da Deutsche Bahn começou às 15h do horário local (14h GMT).
O sindicato GDL exige um aumento salarial e a redução semanal do tempo de trabalho, mas as negociações estão paralisadas.
A companhia pública Deutsche Bahn se disse "atordoada" após o anúncio da nova greve. Veículos de imprensa, federações de usuários e políticos de diferentes partidos criticaram a greve nesta quarta-feira, classificando-a como uma "tomada de reféns". A magnitude do movimento grevista não é considerado habitual em uma Alemanha reconhecida pelo diálogo social.
Especialistas avaliam que a greve pode afetar a economia alemã, já fragilizada pela difícil conjuntura de seus vizinhos europeus e pela crise na Ucrânia.