A atividade econômica, os serviços públicos, assim como os transportes, estavam muito perturbados nesta segunda-feira na Bélgica por uma nova greve contra as medidas de austeridade que o novo governo de direita deseja impulsionar.
A greve desta segunda-feira se soma a uma série de movimentos de protesto rotativos por províncias lançados há duas semanas e que terminarão na próxima segunda-feira com uma greve geral em todo o reino.
Nesta segunda-feira, o movimento envolve as províncias do Brabante Valão e Brabante Flameco, as duas províncias que cercam Bruxelas, assim como a capital belga.
No total, 267 voos que partiam do aeroporto de Bruxelas foram cancelados, o equivalente a 44% do tráfego aéreo previsto, segundo uma porta-voz.
As ferrovias estavam muito afetadas. Todos os trens da linha que une a França à Bélgica, Holanda e Alemanha foram cancelados. Os trens provenientes de Londres em direção a Bruxelas param na cidade francesa de Lille, perto da fronteira com a Bélgica.
Na manhã desta segunda-feira nenhum trem nacional circulava em Bruxelas e nas duas províncias, indicou a companhia ferroviária belga SNCB. O movimento começou na noite de domingo e afetará os transportes até a manhã de terça-feira.
Na capital os transportes públicos - metrô, bonde e ônibus - não funcionavam. Nenhum ônibus circulava nos Bravantes Valão e Flamenco.
Os grevistas também ergueram barricadas para bloquear os acessos às zonas industriais e organizaram bloqueios na entrada da capital.
As escolas e os serviços públicos também foram afetados.
Os sindicatos criticam um programa de reformas cujo objetivo é cortar gastos no valor de 11 bilhões de euros em cinco anos. O governo também quer recalcular a idade legal de aposentadoria de 65 para 67 anos a partir de 2030.
Além disso, quer desindexar em 2015 os salários à evolução da inflação.