Primeiro-ministro diz que acordo da Grécia com credores está na reta final

Um acordo precisa ser fechado até 20 de agosto, quando termina o prazo para devolução de mais 3.5 bilhões de euros ao Banco Central Europeu
Da ABr
Publicado em 05/08/2015 às 21:24
Um acordo precisa ser fechado até 20 de agosto, quando termina o prazo para devolução de mais 3.5 bilhões de euros ao Banco Central Europeu Foto: Foto: LOUISA GOULIAMAKI/ AFP


O primeiro-ministro da Grécia, Alexis Tsipras, anunciou nesta quarta-feira (5), durante visita ao Ministério da Agricultura do país, que o governo está na reta final para um acordo com o grupo de instituições internacionais, que agora, além do FMI, Banco Central Europeu e Comissão Europeia, deve incluir o Parlamento Europeu.

“É uma instituição democrática, responsável, que controla e está sob controle”, disse Tsipras, sugerindo que o Parlamento monitore as discussões sobre empréstimo de 86 bilhões de euros para resgatar a economia grega. As discussões começaram no fim de julho. 

Um acordo precisa ser fechado até 20 de agosto, quando termina o prazo para devolução de mais 3.5 bilhões de euros ao Banco Central Europeu. A Grécia já recebeu um empréstimo ponte de 7 bilhões no dia 20 de Julho, a maior parte usada para acertar as contas com o banco europeu e o FMI.

O governo da Grécia espera conseguir o valor total da ajuda financeira e não apenas uma soma que permita liquidar a dívida com o credor internacional europeu. “Apesar das dificuldades que enfrentamos, esperamos que esse acordo ponha fim às incertezas sobre o futuro do país e da zona do euro”, acrescentou Alexis Tsipras.

Enquanto o governo grego e representantes dos credores internacionais se reuniam em Atenas para discutir o esboço do acordo, centenas de manifestantes marcharam nas ruas da cidade contra as medidas de austeridade impostas ao país para conseguir o empréstimo. O protesto foi convocado por organizações filiadas ao partido comunista.

“Eles estão impondo uma série de medidas. Um terceiro pacote de ajuda financeira está aí e não podemos tolerar isso”, criticou o funcionário público Manolis Dandoulakis. “Está mais que óbvio que, em setembro, no retorno dos poucos que puderam tirar férias, eles encontrarão novos impostos, cortes nos salários e medidas contra os trabalhadores.”

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