A assinatura definitiva do Acordo Estratégico Transpacífico de Associação Econômica (TPP, na sigla em inglês) será concretizada no final deste ano ou no início de 2016, segundo declarações do chanceler do Chile, Heraldo Muñoz, divulgadas neste domingo pelo jornal chileno La Tercera.
"A revisão legal (do documento) já começou, (mas) ainda restam algumas semanas para concluir este processo. A respeito da assinatura, nos parece que poderá ser feita no final do ano ou no início do próximo", comentou Muñoz ao jornal.
Na última segunda-feira, doze países do Pacífico, incluindo Chile, México e Peru, selaram o acordo que criará a maior zona de livre comércio - abarcando 40% da economia mundial - mas para entrar em vigor ele deverá ser ratificado pelos Parlamentos de cada país.
Muñoz destacou que a realização do TPP será responsável por 0,8% da expansão do Produto Interno Bruto (PIB) do Chile.
O diplomata também reiterou que o Chile - um dos promotores do acordo - conseguiu "obter cautela nos assuntos sensíveis" do país, como impor a proteção sobre medicamentos biológicos apenas por cinco anos.
Os maiores benefícios para o país sul-americano estão no setor agrícola, que terá melhores condições de entrada em mercados como Japão e Canadá, completou o chanceler.
Celebrado pelos governos dos países-membros, o acordo desperta indignação temores na sociedade civil, que alerta para o sigilo que cerca os trinta capítulos, que vão desde a proteção da propriedade intelectual até a gestão de disputas com investidores estrangeiros.
Muñoz descartou que a ausência da China, segunda economia mundial, no acordo repercuta de maneria negativa na relação comercial do país sul-americano com o gigante asiático.
"O Chile conta com um acordo comercial com a China muito bem-sucedido e de muita projeção. Ser parte do TPP não afetou de de nenhuma maneira nossa relação com a China", vital para as exportações do país.
Os países do TPP são Austrália, Brunei, Canadá, Chile, Japão, Malásia, México, Nova Zelândia, Peru, Cingapura, Estados Unidos e Vietnã.