Dólar mantém preços no comércio eletrônico em ritmo recorde de alta em janeiro

Até março de 2015, os preços vinham num movimento de queda na comparação anual, o que era atribuído à característica promocional
Do Estadão Conteúdo
Publicado em 15/02/2016 às 17:00
Até março de 2015, os preços vinham num movimento de queda na comparação anual, o que era atribuído à característica promocional Foto: Foto: Marcos Santos/USP Imagens


Os preços de produtos vendidos no comércio eletrônico seguiram num ritmo de crescimento recorde para o setor em janeiro. Em seu décimo mês consecutivo de alta na comparação com o mesmo mês do ano anterior, os preços subiram 9,01%, de acordo com o Índice Fipe/Buscapé, que mede a inflação do setor. Na série histórica desde 2012, o aumento de janeiro só perde para o de dezembro de 2015, quando os itens vendidos online ficaram 9,24% mais caros.

Os últimos dez meses em que os preços têm subido marcam uma reversão de tendência nos números do comércio eletrônico. Até março de 2015, os preços vinham num movimento de queda na comparação anual, o que era atribuído à característica promocional e de competição intensa entre vendedores online. Esse movimento, porém, vem sendo revertido em meio à crise econômica, escalada da inflação e depreciação da moeda brasileira.

Algumas categorias que têm peso significativo no e-commerce são influenciadas pelo câmbio, caso de eletrônicos, informática, fotografia e telefonia.

O indicador aponta que os preços no comércio eletrônico têm variação anual 1,3% inferior à variação dos preços médios do IPCA no período entre dezembro de 2014 e dezembro de 2015. Antes do impacto da desvalorização cambial sobre os preços dos produtos importados, em 2012, a variação do Índice Fipe/Buscapé era cerca de 13% inferior à variação dos preços médios da economia.

No período entre janeiro de 2014 e janeiro de 2015, oito dos dez grupos de produtos pesquisados apresentaram aumento de preço. Itens de informática subiram 14,55%, seguidos por casa e decoração, com 13,03% de alta, e por eletrônicos, com aumento de 11,01%. As únicas categorias com queda foram telefonia, cujos preços recuaram 2,43%, e moda e acessórios, com retração de 8,56%.

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