O dólar inverteu o sinal negativo observado ao longo do dia e passou a subir frente ao real faltando poucos minutos para o fim do dia, sob influência de fluxo pontual de saída de recursos do País pela via financeira, de acordo com profissionais ouvidos pelo Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado. Na máxima, a divisa norte-americana chegou aos R$ 3,2158 (+0,41%) no segmento à vista e a R$ 3,2290 (+0,44%) no contrato futuro para novembro.
Os especialistas explicaram que o reflexo do movimento nas cotações foi acentuado pela baixa liquidez no mercado de moedas. Logo após o pico, entretanto, a moeda dos Estados Unidos desacelerou o avanço e fechou já afastada dos valores mais elevados do dia. No mercado à vista, o dólar negociado no balcão terminou em alta de 0,26%, aos R$ 3,2109. De acordo com dados registrados na BM&F Bovespa, o volume de negócios somou US$ 590,487 milhões. Já no segmento futuro, o contrato para novembro encerrou o dia com queda de 0,08%, aos R$ 3,2125, com giro de US$ 9,844 bilhões.
Até a virada, o dólar mostrava viés de baixa ante o real, de olho no futuro da política monetária dos Estados Unidos e avanços econômicos no Brasil. Domesticamente, um dos principais eventos da semana é a decisão de juros do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que deve trazer corte na taxa Selic, atualmente em 14,25%. A decisão de juros será anunciada na quarta-feira. Pela manhã, nas mínimas, o dólar à vista tocou R$ 3,1891 (-0,42%) e o futuro para novembro atingiu R$ 3,2010 (-0,41%).