Bolsas europeias fecham instáveis por cautela com eleição na França

Após o ataque terrorista em Paris ocorrido às vésperas da eleição presidencial na França, os investidores estão mais cautelosos
Estadão Conteúdo
Publicado em 21/04/2017 às 17:55
Após o ataque terrorista em Paris ocorrido às vésperas da eleição presidencial na França, os investidores estão mais cautelosos. Foto: JOEL SAGET / AFP


As bolsas europeias encerraram o pregão desta sexta-feira, 21, sem direção única, com investidores mais cautelosos após o ataque terrorista em Paris ocorrido às vésperas da eleição presidencial no país. O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou com leve alta de 0,02%, aos 378.12, e terminou a semana em baixa de 0,7%.

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Na bolsa de Paris, o índice CAC-40 recuou 0,37%, para 5.059,20 pontos, na última sessão antes do primeiro turno das eleições do próximo domingo, numa disputa considerada sem precedentes na França dada a forte competitividade dos quatro principais candidatos, que aparecem com pequena margem de diferença na corrida presidencial. E o ataque a tiros ocorrido ontem em Paris, reivindicado pelo grupo terrorista Estado Islâmico, motivou um acirramento do debate sobre a política de imigração local.

As pesquisas indicam que o centrista Emmanuel Macron é o favorito, ainda que Marine Le Pen, candidata de extrema-direita e favorável a uma saída do país da zona do euro e a medidas mais restritivas para a imigração, esteja bem próxima, o que pesou sobre os negócios. Analistas temem que o ataque alimente um avanço de Le Pen. Ontem, horas antes do tiroteio, o CAC 40 fechou em alta de 1,48%, na maior alta em sete semanas, com o mercado passando a considerar a perspectiva de que Macron pudesse vencer a eleição, movimento que se reverteu hoje.

Bolsas

Na bolsa de Londres, o índice FTSE-100 fechou em baixa de 0,06%, em 7.114,55 pontos. As blue chips oscilaram entre leves altas e baixas, mantendo o principal índice local no pior desempenho semanal em cinco meses. Na semana mais curta por causa da Páscoa, o FTSE-100 recuou 2,7%, no maior porcentual de queda para o período desde o início de novembro. Operadores locais citaram o sentimento de maior cautela provocado pelas incertezas relacionadas à eleição francesa.

Em Frankfurt, o índice DAX fechou em leve alta de 0,2%, para 12 048,57 pontos, com menor volume de negócios também por conta da expectativa com a votação na França. Infineon caiu 1,5% e RWE recuou 0,98%, com investidores realizando lucros após a significativa alta acumulada desde o início do ano. Já a Software AG ganhou 7,9% depois de apresentar resultados do primeiro trimestre melhores que o esperado.

O índice FTSE-MIB, da bolsa de Milão, fechou em baixa de 0,54%, em 19.741,75 pontos. Destaque para o Banca Generali, que caiu 2,24%, enquanto a Atlantia recuou 2,04%, e a Salvatore Ferragamo baixou 2,01%.

Em Madri, o índice IBEX-35 avançou 0,04%, para 10.377 pontos. Entre os bancos, Santander subiu 0,18%, Bankia avançou 0,86% e o Banco Bilbao Vizcaya ganhou 1,07%, mas Banco Popular Español seguiu sua trajetória de queda já vista ontem e caiu 1,17%. No setor de energia, Iberdrola subiu 0,82%, enquanto a Endesa caiu 0,65%. Destaque ainda para a Telefonica, que recuou 0,78%.

Na bolsa de Lisboa, o índice PSI-20 caiu 0,62%, para 4.876,43 pontos. Pharol liderou as baixas com 4,53%, seguida por Ibersol (-3,53%) e Sonae Capital (-2,91%). Na contramão, CTT-Correios de Portugal avançou 0,42% e Banco Comercial Portugues subiu 0,27%.

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