A presidente da Federal Reserve, o Banco Central dos Estados Unidos, Janet Yellen, disse na quarta-feira (12), que o órgão continuará aumentando gradualmente as taxas de juros e diminuindo seu balanço patrimonial, ao longo deste ano, enquanto monitora a inflação de perto. As informações são da Xinhua.
"O Comitê (Federal Open Market) continua esperando que a evolução da economia garanta um aumento gradual da taxa de fundos federais ao longo do tempo para alcançar e manter os empregos e preços estáveis," afirmou Yellen em discurso ao Comitê de Serviços Financeiros dos Estados Unidos.
De acordo com a chefe do Banco Central, a taxa de juros de referência não está longe da neutro – ponto em que a economia atinge o pleno emprego.
"Porque a taxa neutra é atualmente bastante baixa por padrões históricos, a taxa de fundos federais não teria de aumentar muito mais para chegar a uma política neutra," disse Yellen.
Como parte do processo de normalização da política monetária, o FED reduzirá seu balanço patrimonial de US$ 4,5 trilhões. Em sua reunião de política em junho, o órgão anunciou um plano detalhado sobre como reduzir seu balanço patrimonial.
"Desde que a economia evolua amplamente como previsto, provavelmente começaremo a implementar o programa [de redução do balanço] este ano," disse Yellen.
Em seu discurso, Yellen disse esperar que a economia dos Estados Unidos continue a expandir-se a um ritmo moderado ao longo dos próximos dois anos, pois os ganhos de trabalho estáveis iriam apoiar o crescimento da renda e depois os gastos dos consumidores.
De acordo com a presidente, a melhoria das perspectivas de crescimento global apoiaria as exportações dos EUA e as condições financeiras favoráveis continuariam a apoiar o investimento empresarial.
Yellen, no entanto, classificou a inflação como uma das incertezas que a economia enfrenta.
"Há, por exemplo, incerteza sobre quando e quanto a inflação responderá ao aperto da utilização dos recursos," disse Yellen.
Ela disse que o banco central acompanharia atentamente a evolução da inflação nos próximos meses.
A inflação nos EUA sofreu nos últimos meses, o que desencadeou debate sobre o ritmo e o cronograma das futuras altas nas taxas.
O governador do Fed, Lael Brainard, disse na terça-feira que gostaria de avaliar o processo de inflação de perto antes de determinar mais elevações nas taxas de juros.