Grupo Alimentação eleva IPC de setembro, diz FGV

Transporte, educação, saúde e vestuário também ajudaram a empurrar o IPC para cima
Danilo Galindo
Publicado em 17/09/2014 às 9:20
Transporte, educação, saúde e vestuário também ajudaram a empurrar o IPC para cima Foto: Foto: Jaelson Lucas/SMCS


A queda mais tímida de produtos in natura contribuiu para a aceleração dos preços de alimentos no varejo em setembro. Além disso, outros quatro grupos ganharam força na passagem do mês, levando o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) a registrar alta de 0,26% neste mês. Em agosto, o avanço havia sido de apenas 0,01%, segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV).

De acordo com a instituição, o grupo Alimentação acelerou de uma queda de 0,18% no mês passado para alta de 0,21% em setembro. O principal destaque foi o item hortaliças e legumes (-12,52% para -5,59%), que retratou os recuos menores observados na batata-inglesa (-28,03% para -15,07%) e no tomate (-21,79% para -8,81%).

Outros quatro grupos ajudaram a empurrar o IPC para cima, entre eles Transportes (-0,20% para 0,28%), diante de uma alta de 0 31% nas tarifas de ônibus urbano; Educação, Leitura e Recreação (-0,26% para 0,43%), com um aumento de 4,83% nas passagens aéreas; Saúde e Cuidados Pessoais (0,17% para 0,49%), diante dos medicamentos 0,20% mais caros; e Vestuário (-0,30% para -0,14%), com a estabilidade nos preços das roupas (0,00%), após uma sequência de quedas, devido a liquidações.

No sentido contrário, desaceleraram os grupos Comunicação (0,08% para -0,44%), por conta do recuo de 2,79% na tarifa de telefone residencial; e Despesas Diversas (0,17% para 0,16%), com a alta de 0,20% no preço do cartão de telefone (menor que a taxa de agosto, 1,15%).

Já o grupo Habitação apresentou o mesmo resultado registrado na apuração de agosto, com alta de 0,39%. A tarifa de eletricidade residencial exerceu menor pressão este mês (1,72% para 0,49%), mas foi compensada pela queda menos intensa da taxa de água e esgoto residencial (-1,40% para -0,27%).

 

Construção

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) subiu 0,15% em setembro, menos do que o resultado de agosto (0,45%). O índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços acelerou de 0,19% para 0,31% no período, mas o custo da Mão de Obra perdeu força. Este índice ficou estável (0,00%), após ter subido 0,68% no mês passado.

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