Em alta pelo quinto dia seguido, a moeda norte-americana fechou acima de R$ 2,56 pela primeira vez em nove anos. O dólar comercial encerrou a sessão vendido a R$ 2,561, com alta de 1,82%. O valor é o mais alto desde 20 de abril de 2005, quando a cotação tinha fechado em R$ 2,564.
O dólar operou em alta durante toda a sessão. A cotação acumula alta de 3,25% em novembro de 8,56% no ano.
Nos últimos meses, as tensões associadas ao cenário internacional e às eleições presidenciais fizeram o dólar disparar. No exterior, o Federal Reserve (Fed), Banco Central norte-americano, reduziu os estímulos monetários à maior economia do planeta, fazendo o dólar disparar em todo o mundo. Na semana passada, o Fed encerrou as injeções de dólares na economia mundial.
No mercado interno, o dólar subiu nas semanas anteriores à reeleição da presidenta Dilma Rousseff. Na segunda-feira (27), dia seguinte ao segundo turno, a moeda chegou a fechar em R$ 2,523, cotação superada nesta quinta-feira (6). Nos dias posteriores, a moeda norte-americana passou a oscilar bastante, acumulando sessões de alta e de queda, mas voltou a subir consistentemente desde a última sexta-feira (31).
O dólar não caiu apesar de o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) ter aumentado a taxa Selic (juros básicos da economia) para 11,25% ao ano. Em tese, os juros domésticos mais altos ajudam a derrubar o dólar porque ampliam a diferença das taxas brasileiras em relação às dos Estados Unidos, tornando o Brasil mais atrativo para os aplicadores internacionais.
Houve perdas nesta quinta-feira também na Bolsa de Valores. O Ibovespa, índice da Bolsa de Valores de São Paulo, fechou a sessão com baixa de 1,98%. As ações da Petrobras, que ainda não anunciou o aumento dos combustíveis, caíram 2,08%. As ações do Banco do Brasil recuaram 4,34%.