A ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) deixa claro que o Banco Central elevou a taxa básica de juros (Selic) para 11,25% ao ano como um ajuste preventivo, diante da alta progressiva da inflação, avaliou nesta quinta-feira (6) o economista do Itaú Unibanco, Caio Megale. Segundo ele, o documento reforça que o ajuste mais intenso se deu "claramente" em razão da valorização do câmbio, que passou de R$ 2,25 para R$ 2,50 entre as duas últimas reuniões.
Megale destacou que outro ponto que a ata deixa claro é de que o Banco Central estará "especialmente vigilante" para acelerar o aperto monetário, caso novos ajustes sejam necessários no futuro. O economista afirmou que o Itaú espera que a autoridade monetária promova ainda mais três altas seguidas de 0,25 ponto porcentual na taxa básica de juros nas próximas reuniões, encerrando o ciclo com a Selic em 12% ao ano.