Embora a orientação para 2014 seja de moderação, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) espera aumentar em 15% este ano o total de aprovações e desembolsos para projetos eólicos no País. Em 2013, o banco aprovou R$ 3,6 bilhões e desembolsou também R$ 3,6 bilhões em financiamentos para o segmento.
"Neste ano, sem dúvida alguma, a eólica se destacou", notou Antonio Tovar, chefe do departamento de Energias Alternativas do BNDES. "No ano que vem, a gente já deve ter alguma coisa (de energia) solar, com os vencedores do leilão de outubro. Os financiamentos devem ser aprovados no segundo semestre e os desembolsos liberados entre novembro e dezembro de 2015", completou.
O banco aumentou o número de aprovações a projetos de energias renováveis nas últimas duas semanas, e o ritmo deve se manter acelerado até o fim do ano, para a concessão de financiamentos a vencedores dos leilões já realizados.
Em meio à crise climática e energética, que pressiona os preços no mercado livre desde o início do ano, o segmento de energias renováveis (exceto hidrelétricas) deve contar com R$ 4,5 bilhões em desembolsos e quase R$ 5 bilhões em aprovações em 2014.
Para 2015, a expectativa é crescer também na faixa 15% em desembolsos e aprovações. "Isso será puxado pelo setor eólico e o início do desenvolvimento do parque solar", contou Tovar.
O BNDES informou mais cedo que aprovou um financiamento de R$ 422,3 milhões para dois projetos eólicos. Os recursos serão destinados à construção do parque Morro dos Ventos II, no Rio Grande do Norte, e a seis parques eólicos no Piauí, que formam o Complexo Eólico Chapada do Piauí II. Juntos, os projetos terão capacidade de geração de 201,56 MW.