Borges: a R$ 2,40 câmbio já é relativamente competitivo

"Óbvio que câmbio de R$ 2,50 é melhor que de R$ 2,40 do ponto de vista do exportador", explicou o ministro
Karol Albuquerque
Publicado em 12/11/2014 às 14:25
"Óbvio que câmbio de R$ 2,50 é melhor que de R$ 2,40 do ponto de vista do exportador", explicou o ministro Foto: Foto: Guga Matos/JC Imagem


O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Mauro Borges, afirmou que o mais importante, do ponto de vista da política econômica e da política industrial, é a estabilidade cambial. "O que importa em relação ao câmbio é estabilidade, mais que o nível", disse. "A partir do piso de R$ 2,40, temos um câmbio relativamente competitivo. Óbvio que câmbio de R$ 2,50 é melhor que de R$ 2,40 do ponto de vista do exportador, mas melhor que nível é estabilidade cambial, quer fique em R$ 2,45, R$ 2,46". 

O ministro afirmou que a queda do emprego na indústria reflete o baixo nível do PIB deste ano. "Nossa expectativa, numa posição mais otimista, é o mesmo nível da produção industrial do ano passado. Acredito que qualquer coisa abaixo disso vai registrar taxa negativa de emprego na indústria, o que é ruim", afirmou. "Esperamos que ano que vem seja melhor e recuperemos o emprego". O emprego na indústria caiu 0,7% na passagem de agosto para setembro, a sexta taxa negativa consecutiva, segundo divulgou nesta quarta-feira (12) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Borges informou, ainda, que o programa Inova Empresa, do BNDES, aplicou R$ 28 bilhões dos R$ 32 bilhões disponíveis em um ano e meio de existência do programa.

Em uma de suas apresentações no "Seminário Internacional: Indústria para quê? Temas, perspectivas, instituições e políticas", organizado pela Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Borges rebateu as avaliações de que o crescimento econômico baseado no consumo estaria esgotado. "(A afirmação de) que esse padrão de crescimento está esgotado ou é desconhecimento ou é artefato ideológico", disse. 

O ministro argumentou que a demanda das famílias não irá arrefecer e que terá papel de efeito multiplicador no crescimento econômico. "O componente de demanda das famílias sustentará o crescimento, mas entra como elemento multiplicador do grande pacote de investimentos que será feito na economia brasileira nos próximos anos", afirmou.

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