A petroleira Ogpar (Óleo e Gás Participações), ex-OGX, anunciou na noite desta terça-feira (27), que seu fundador, Eike Batista, renunciou à cadeira no conselho de administração da empresa, no qual também era o presidente.
A companhia afirmou que a renúncia acontece depois do "cumprimento exitoso das principais etapas do plano de reestruturação da companhia". Eike deixa, assim, de ter qualquer ingerência sobre a empresa que foi a mais valiosa de seu império, e que, ao cair, derrubou-o junto.
Mergulhada em dificuldades depois de ter reconhecido a inviabilidade econômica de suas reservas de petróleo, a OGX entrou com pedido de recuperação judicial em 2013.
O plano previa a troca de dívidas por ações, com determinado grupo de credores. A troca foi concluída em outubro, quando credores assumiram 71,4% da companhia. Eike deixou de ser controlador da empresa e passou a deter apenas 19% de seu capital.
Na semana passada, a Ogpar informou ter demitido 35 pessoas, ou 25% de seus 140 funcionários, como medida para reduzir custos diante de um cenário de queda de mais de 60% no preço do petróleo, nos últimos seis meses.
Pessoas próximas à empresa informaram que, sem um corte drástico que ajuste a companhia ao atual cenário, a recuperação judicial torna-se ainda mais difícil.