Indústria registra terceiro mês seguido de queda no faturamento, diz CNI

O indicador atual também é menor que o registrado em janeiro de 2014, com queda de 8,4%
Da ABr
Publicado em 04/03/2015 às 13:29
O indicador atual também é menor que o registrado em janeiro de 2014, com queda de 8,4% Foto: Foto: David Alves / Palácio Piratini


O faturamento real da indústria caiu 2,6% em janeiro, na comparação com dezembro de 2014. Este é o terceiro mês seguido de queda no índice. A informação é da Confederação Nacional da Indústria (CNI), que divulgou hoje (4) o levantamento de indicadores industriais. O indicador atual também é menor que o registrado em janeiro de 2014, com queda de 8,4%.

As horas trabalhadas na produção e a utilização da capacidade instalada, entretanto, cresceram em janeiro, frente ao mês anterior. As altas foram, respectivamente, 1,9% e 0,4 ponto percentual, nas séries livres de influências sazonais. Em janeiro, a indústria operou, em média, com 81,5% da capacidade instalada. Ainda assim, os índices continuam em baixo nível, comparados a janeiro de 2014: o indicador atual de horas trabalhadas está 8% menor e a utilização da capacidade instalada está 0,3 ponto percentual abaixo do registrado no ano passado.

A indústria ainda não voltou a contratar em janeiro, mas apesar da queda no faturamento, o indicador de emprego ficou estável em relação a dezembro. Esse é o segundo mês consecutivo que o indicador não cai, depois de nove meses seguidos de queda em 2014. O nível de emprego atual é 3,5% inferior ao registrado em janeiro de 2014.

Na avaliação da CNI, a pesquisa mostra “que a enfraquecida demanda doméstica segue como um limitador adicional à recuperação da indústria”. Revela ainda que a massa salarial na indústria recuou 0,5% entre janeiro e dezembro – quinta queda mensal consecutiva. Na comparação com janeiro do ano passado, o resultado representa queda de 3,3%.

Entretanto, o rendimento médio real cresceu 0,3% em janeiro, frente ao mês anterior. Na comparação com janeiro do ano passado a alta é 0,2%. Segundo a pesquisa, “o rendimento médio ainda mostra crescimento porque há certa inércia dos reajuste salariais de 2014 e os efeitos da redução do emprego na indústria ainda é parcial”.

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