Operação Lava Jato pode prejudicar a produção da Petrobras, diz ministro

De acordo com Eduardo Braga, a "curva de produção" da empresa acabará sendo "atingida" se as questões envolvendo casos de corrupção não forem resolvidas rapidamente
Folhapress
Publicado em 15/04/2015 às 19:38
De acordo com Eduardo Braga, a "curva de produção" da empresa acabará sendo "atingida" se as questões envolvendo casos de corrupção não forem resolvidas rapidamente Foto: Foto: Elza Fiúz/a Agência Brasil


O ministro Eduardo Braga (Minas e Energia) disse nesta quinta-feira (15) que a "curva de produção" da Petrobras acabará sendo "atingida" se as questões envolvendo casos de corrupção na empresa não forem resolvidas rapidamente.

A empresa está sendo alvo da investigação Lava Jato, da Polícia Federal.

"Estamos chamando todos os órgãos para o compromisso de que devemos ultrapassar esse gargalo e punir quem tiver que punir, respeitados os prazos legais para tocar a vida", disse. "A Petrobras não é só Pré-sal ou os contratos que essas empresas [investigadas] desenvolvem. A Petrobras é muito maior que isso, graças a Deus. Tanto é que ela está conseguindo se desenvolver e estamos batendo recorde de produção em que pese tudo isso", completou.

ELETRONORTE

Braga não comentou a investigação em curso da PF sobre o suposto pagamento de R$ 4 milhões ao ex-diretor da Eletronorte, vinculada ao Ministério de Minas e Energia.

Winter Andrade Coelho foi preso em Brasília nesta quarta-feira (15) na Operação Choque.

O dinheiro, segundo a PF, teria sido na conta bancária de uma empresa registrada em nome de um parente de Coelho e partiram de empresas que mantinham contratos com a companhia elétrica.

MINERAÇÃO

O ministro de Minas e Energia disse também que a tramitação do Código da Mineração, que está travada no Congresso, deve avançar nos próximos meses.

Segundo ele, há indicações de que o texto pode ser votado na Câmara no fim de maio ou início de junho. Depois disso o projeto segue para o Senado.

Braga não fez previsão para apreciação final do documento. Disse apenas que no Senado a tramitação deve ser diferenciada, passando por uma análise em sessão conjunta de comissões.

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