RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - O desemprego do país fechou o trimestre encerrado em abril em 8%, acima do verificado em igual período de 2014, que foi 7,1%. É a maior taxa de desemprego para esse intervalo desde o início da pesquisa, em 2012.
No trimestre encerrado em janeiro, imediatamente anterior ao analisado, o desemprego foi de 6,8%. Os dados foram divulgados pelo IBGE nesta quinta-feira (7), e fazem parte da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua.
Os números ficam levemente abaixo da projeção de nove economistas consultados pela agência internacional Bloomberg, que previam desemprego em 8,2%.
Como há queda na renda, mais pessoas estão precisando procurar emprego para ajudar a compor o orçamento da família, o que contribui para o aumento do número absoluto de pessoas desocupadas. Os desocupados são formados por pessoas sem emprego, mas estão em busca de oportunidades.
Com a desaceleração na economia -o PIB teve queda de 0,2% no primeiro trimestre- e queda na geração de vagas, o mercado não está sendo capaz de assimilar esses trabalhadores.
A Pnad investiga 70 mil domicílios em todas as regiões do país. É, portanto, mais abrangente que a PME (Pesquisa Mensal de Emprego), que pesquisa 44 mil domicílios nas seis principais regiões metropolitanas do Brasil.
A pesquisa investiga a situação do desemprego mensalmente, mas por meio de recortes trimestrais móveis. Por isso, o IBGE recomenda para a Pnad comparação com os três meses imediatamente anteriores ao trimestre analisado ou a igual período do ano anterior.
NÚMERO DE DESEMPREGADOS SOBE 18,7%
O contingente de desempregados no país alcançou 8,029 milhões, 18,7% superior ao verificado no trimestre encerrado em janeiro de 2015 -o trimestre imediatamente anterior.
Na variação em relação a igual período do ano passado, o crescimento foi de 14%. Já o total de ocupados atingiu 92,1 milhões, volume que caiu 0,6% frente aos três meses encerrados em janeiro e aumento de 0,7% em relação a fevereiro, março, abril de 2014.
RENDIMENTO MÉDIO
O rendimento médio real (descontada a inflação) do trabalhador brasileiro no trimestre encerrado em abril ano foi de R$ 1.855, menor nas duas bases de comparação.
De novembro a janeiro, o rendimento médio foi R$ 1.864. De fevereiro a abril de 2014, foi de R$ 1.862.