A paralisação de 24 horas dos servidores do Banco Central realizada nesta quarta-feira (2), conta com a adesão de 70% dos 1,7 mil funcionários em Brasília, de acordo com o Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal). No total, a instituição possui cerca de 2 mil servidores na capital, mas cerca de 300 são da área jurídica, que não participam dos pleitos e da manifestação.
"É um bom número", avaliou Daro Piffer, presidente do Sinal. Principalmente, segundo ele, porque cerca de 1/12 dos trabalhadores naturalmente não estão na casa por causa de férias ou licenças. O BC não se manifesta sobre a paralisação.
A escolha da data da greve hoje se deu por causa da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que é emblemática para a instituição e também atrai mais jornalistas ao local. Na segunda e na terça-feira, a estratégia foi cruzar os braços durante uma hora. Entre os pedidos do Sinal estão equiparação salarial entre analistas e procuradores do BC, restabelecimento da proporção de 50% entre subsídio técnico e de analista e inclusão do "bônus de desempenho" na estrutura remuneratória.
Desde cedo, há atividades lúdicas na frente da sede do BC, em Brasília, promovidas pelo sindicato. Pela manhã, houve show musical ao vivo, assim como no início da tarde. Desde as 16 horas, um mágico faz apresentações para os grevistas e, a partir das 18 horas, está prevista uma trupe de teatro que vai caracterizar o desmonte da instituição, encenando o enterro do Banco Central.