O Indicador Coincidente de Desemprego (ICD) recuou 1,4% em agosto ante julho, para 89,5 pontos na série com ajuste sazonal, afirmou a a Fundação Getulio Vargas (FGV), nesta terça-feira (8). Trata-se da primeira queda após sete meses seguidos de alta - em julho, havia subido 1,2%. A alta significa que a percepção dos consumidores sobre o mercado de trabalho piorou.
"O ICD mostra que, após a forte elevação da taxa de desemprego em julho, essa pode apresentar elevação mais moderada ou até estabilização em agosto, mas sem indicativo de melhora nos meses subsequentes", destacou o economista Rodrigo Leandro de Moura, pesquisador da FGV, em nota.
A taxa de desemprego nas seis principais regiões metropolitanas do País atingiu 7,5% em julho, de 6,9% no mês anterior, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A melhora nas avaliações sobre o mercado de trabalho em agosto ocorreu principalmente entre as famílias de baixa renda. Segundo a FGV, o indicador que mede a percepção de dificuldade de se obter emprego caiu 3,1% em agosto ante julho para a faixa dos consumidores com renda familiar mensal até R$ 2,1 mil.
O ICD é construído a partir dos dados desagregados, em quatro classes de renda familiar, da pergunta da Sondagem do Consumidor que procura captar a percepção sobre a situação presente do mercado de trabalho.