O mercado piorou as projeções de déficit nominal para 2015, 2016, 2017 e 2019, diante das dificuldades que o governo enfrenta para dar continuidade ao ajuste fiscal e da pressão de parlamentares que tentam derrubar a proposta de recriação da CPMF - uma das esperanças da equipe econômica para recompor as contas públicas. Para este ano, a expectativa é de que o rombo fique em 8% do Produto Interno Bruto (PIB). Até semana passada esse número era ligeiramente menor, de 7,9%.
Os dados, que são do Banco Central e foram coletados para o boletim Focus, mostram que para 2016 a projeção de déficit nominal aumentou de 6,80% para 7,0%; para 2017 subiu de 5,84% para 5,92%; para 2019 pulou de 4,50% para 4,70%. O único que apresentou estabilidade foi 2018, ficando em 5%.
Os analistas acreditam também que o País voltará a ter superávit primário apenas em 2017, quando será feita uma economia de 1% PIB para pagamento de juros. Para 2015 a previsão é de um déficit primário de 0,20% e, para 2016, a expectativa é de ficar em zero. As previsões ainda colocam em dúvida as promessas do governo de entregar um superávit de 0,15% este ano e de 0,70% no ano que vem.