O Indicador Coincidente de Desemprego (ICD) avançou 3,5% em setembro ante agosto, para 92,6 pontos, na série com ajuste sazonal, informou nesta terça-feira (6), o a Fundação Getulio Vargas (FGV). Trata-se do maior nível desde novembro de 2007 (93,9 pontos). A alta significa que a percepção dos consumidores sobre o mercado de trabalho piorou e sugere aumento da taxa de desemprego no período.
"O ICD, confirma que o desemprego deve continuar sua escalada em setembro, com a piora da percepção do mercado de trabalho em todas as faixas de renda, com destaque para aqueles situados nas faixas de renda mais baixa e mais elevada", destacou o economista Rodrigo Leandro de Moura, pesquisador da FGV, em nota oficial.
A taxa de desemprego nas seis principais regiões metropolitanas do País atingiu 7,6% em agosto, a maior para o período desde 2009, segundo os dados mais recentes divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A piora nas avaliações sobre o mercado de trabalho em setembro contra agosto ocorreu principalmente entre as famílias de baixa renda e as que estão no topo. Segundo a FGV, o indicador que mede a percepção de dificuldade de se obter emprego subiu 3,2% para a faixa dos consumidores com renda familiar mensal até R$ 2,1 mil e avançou 5,0% entre as famílias com ganhos superiores a R$ 9,6 mil.
O ICD é construído a partir dos dados desagregados, em quatro classes de renda familiar, da pergunta da Sondagem do Consumidor que procura captar a percepção sobre a situação presente do mercado de trabalho.