A queda de 0,9% nas vendas do varejo em agosto ante julho foi a maior para o mês desde 2000, informou nesta quarta-feira (14), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Naquele ano, o recuo nas vendas no oitavo mês foi de 1,0% em relação a julho.
Já no confronto interanual, a redução de 6,9% nas vendas foi a pior para o mês de toda a série da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), iniciada em 2000 e com dados a partir de 2001 para este confronto.
No varejo ampliado, que inclui veículos e material de construção, o recuo de 2,0% nas vendas em agosto ante julho foi o mais intenso para o mês desde 2008, quando também houve retração de 2,0%. Esses dois resultados, por sua vez, são os piores da série, iniciada em 2003.
Já no confronto com agosto de 2014, a queda de 9,6% nas vendas do varejo ampliado foi a maior da série, que tem dados desde 2004 nesta base de comparação.
SETORES - A queda de 0,9% nas vendas do varejo em agosto ante julho foi acompanhada por seis dos oito setores investigados pelo IBGE. O segmento de móveis e eletrodomésticos marcou um dos piores resultados do período, com recuo de 2,0% nas vendas.
O setor de combustíveis e lubrificantes, por sua vez, registrou retração de 1,3% no volume de vendas em agosto ante julho. Também tiveram quedas os setores de hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,1%), tecidos, vestuário e calçados (-1,7%), livros, jornais, revistas e papelaria (-2,6%) e outros artigos de uso pessoal e doméstico (-0,2%).
As únicas altas nas vendas na passagem de julho para agosto vieram de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (0,6%) e de equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (1,0%).
Quando considerado o varejo ampliado, que inclui veículos e material de construção, a queda de 2,0% em agosto ante julho teve como destaque a retração de 5,2% nas vendas de veículos no período. O setor de material de construção, por sua vez, registrou perda de 2,3% nesta base de comparação.
REVISÕES - O IBGE revisou o resultado das vendas do varejo restrito em julho ante junho. O índice caiu 1,6%, mais do que a queda de 1,0% apurada inicialmente. Além disso, o recuo de 0,5% junho ante maio foi revisado para uma queda de 0,6%, enquanto o resultado de maio ante abril foi modificado de -0,9% para -1,0%
Já no varejo ampliado, que inclui veículos e material de construção, as vendas em julho ante junho foram revisadas para alta de 0,5%, ante aumento de 0,6% na leitura inicial. Em junho ante maio, a queda de 0,7% foi revisada para recuo de 1,0%.