Os juros futuros passaram a cair e renovaram mínimas na manhã desta quarta-feira (14), após abrirem com viés de alta em meio à cautela dos investidores com o ambiente político conturbado.
Contudo, a ampliação da queda do dólar no exterior após dados dos Estados Unidos abaixo do esperado levou a moeda ante o real a recuar e a renovar suas mínimas, puxando junto as taxas futuras há pouco.
Os dados fracos do varejo doméstico divulgados mais cedo já eram esperados, por isso, não mexeram com as taxas.
Internamente, o mercado continua de olho na crise política e nos desdobramentos dos pedidos de impeachment da presidente Dilma Rousseff e das liminares do Supremo Tribunal Federal (STF) que suspenderam na terça-feira, 13, os ritos definidos pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para dar encaminhamento às solicitações. Ele indeferiu cinco.
O governo agora tem mais prazo para tentar recompor sua base de apoio no Congresso. Já a oposição prometeu apresentar uma nova solicitação de impeachment, porém somente na sexta-feira, 16. Cunha tem dez dias para se pronunciar oficialmente sobre as decisões do STF. Mas hoje já deveria prestar informações e recorrer das decisões.
À tarde, o foco se volta ao ministro da Fazenda, Joaquim Levy, que irá ao plenário da Câmara dos Deputados, a partir das 15 horas, para explicar a atual crise econômica.
Às 10h, o DI para janeiro de 2017 tinha taxa de 15,70%, ante 15,80% no ajuste de terça. O contrato com vencimento em janeiro de 2021 indicava 15,91%, de 15,94%.