Apenas três grupos do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) foram responsáveis por mais de dois terços da inflação percebida em outubro. Habitação, Transportes e Alimentação e Bebidas responderam por 0,48 ponto porcentual na alta de preços, que ficou em 0,66% neste mês, conforme divulgou na manhã desta quarta-feira, 21, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O aumento de 10,22% nos preços do botijão de gás fez com que o item exercesse o principal impacto individual (0,11 pp). O resultado se deve ao reajuste de 15% nas refinarias autorizado pela Petrobras desde o dia 1º de setembro. Entre setembro e outubro, contudo, o repasse para o consumidor superou essa taxa, chegando a 16,11%, segundo o IBGE. Com isso, o grupo Habitação acelerou a 1,15% no mês de outubro, contra alta de 0,68% no mês passado.
A segunda principal influência veio dos combustíveis, que levaram os Transportes a subirem 0,80% neste mês, apontou o órgão. Só a gasolina ficou 1,70% mais cara, reflexo de parte do reajuste de 6% praticado pelas refinarias desde 30 de setembro. Além disso, o etanol subiu 4,83% nas bombas, o que contribui para a alta da gasolina, já que faz parte de sua composição, destacou o IBGE.
No grupo Alimentação e Bebidas, houve alta de 0,62% em outubro, contra queda de 0,06% em setembro. Os alimentos consumidos em casa subiram 0,39%, incluindo itens como frango inteiro (5,11%), batata-inglesa (4,22%), arroz (2,15%), pão francês (1,14%) e carnes (0,97%). Enquanto isso, a alimentação fora avançou 1,06%, com destaque para a refeição fora de casa (1,15%).
Grupos
Sete dos nove grupos que compõem a prévia da inflação oficial ganharam força na passagem de setembro para outubro, informou o IBGE.
Três grupos destacaram-se no resultado de outubro: Habitação (0,68% para 1,15%), Transportes (0,78% para 0,80%) e Alimentação e Bebidas (-0,06% para 0,62%). Juntos, eles responderam por mais de dois terços da taxa deste mês (0,48 ponto porcentual).
Além disso, o grupo Vestuário ganhou força (0,36% para 0,58%) diante dos calçados e acessórios 0,82% mais caros e das roupas masculinas, que tiveram alta de 0,77%. Já as Despesas Pessoais avançaram 0,56% em outubro, contra alta de 0,51% em setembro. Neste grupo, o item empregado doméstico pressionou ao subir 1,02%.
Ainda aceleraram Saúde e Cuidados Pessoais (0,50% para 0,55%) e Comunicação (0,01% para 0,08%). Por outro lado, perderam força os grupos Artigos de Residência (0,36% para 0,12%) e Educação (0,24% para 0,17%).