A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta sexta-feira (11), que ainda não há definição sobre alteração da meta de superávit primário para o próximo ano, mas reconheceu que não há consenso sobre o tema. "Essa é uma questão que o governo está discutindo. Dentro do governo pode ter posições diferentes e nós estamos discutindo", disse.
A presidente não quis responder sobre a possibilidade de saída do ministro da Fazenda, Joaquim Levy. Como informou o Broadcast ontem, nesta semana, em uma conversa com representantes da Comissão Mista de Orçamento (CMO), Levy admitiu que poderá deixar o governo caso seja aprovada a proposta, defendida por uma ala do governo, de reduzir a zero a meta de superávit primário para o próximo ano, fixada por ele em 0,7% do Produto Interno Bruto (PIB).
Berzoini
O ministro-chefe da Secretaria de Governo, Ricardo Berzoini, afirmou nesta sexta-feira (11) que a política econômica não pode ser de um ou outro ministro e deve ter consenso no governo. Berzoini fez as afirmações após ser questionado sobre a insistência do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, na defesa de reformas no País que sofrem resistência da base social e sindical do governo.
"O Brasil tem que fazer um debate democrático sobre finanças públicas para os próximos 20, 30 anos. Não é um debate de curto prazo. Qualquer discussão sobre reforma tem que ser feita amplamente com a sociedade e de maneira democrática. É preciso proteger o direito dos trabalhadores e fomentar o desenvolvimento econômico. Esse é o objetivo do governo, não de ministro A, B ou C. Não posso ter objetivos diferentes dos demais companheiros de ministério, muito menos diferentes da presidenta Dilma", afirmou Berzoini, que participou de solenidade de entrega do Prêmio Finep, no Rio.