A Bovespa começa 2016 em queda, contaminada pelo tombo de seus pares na China e na Europa diante das renovadas preocupações com a economia do gigante asiático. O gatilho da aversão ao risco que toma conta dos mercados nesta segunda-feira, dia 4, foi a queda no índice de atividade dos gerentes de compra (PMI) do setor industrial da China, medido pela Caixin, que recuou para 48,2 em dezembro, de 48,6 em novembro.
O resultado marcou o décimo mês consecutivo de leitura baixo da linha dos 50,0 pontos, o que indica contração da atividade. Na Ásia, o índice Xangai Composto terminou em queda de 6,9%, após a sessão ter sido interrompida por um circuit breaker, enquanto o índice Shenzhen perdeu 8,2%.
Às 10h30, o Ibovespa operava em queda de 2,03%, aos 42.469,44 pontos. As perdas do índice à vista são conduzidas principalmente pelas quedas de Vale e do setor financeiro, embora o sinal negativo seja praticamente generalizado. Em Wall Street, o pré-mercado das bolsas de Nova York sinaliza uma abertura em forte baixa, com o S&P futuro em declínio de 1,83%.
Na Europa, a bolsa de Frankfurt derrete 4,21%, enquanto a de Paris tem perda de 2,65% e a de Londres, desvalorização de 2,60% Além da cautela diante da desaceleração da China, os investidores se preparam para o provável fim - na próxima semana - de uma proibição de vendas a descoberto de ações, imposta em julho do ano passado.
Outro ponto que afeta principalmente o mercado de câmbio foi o governo chinês estabelecendo a paridade do yuan com o dólar a 6,5032, o nível mais fraco para a moeda local desde 2011.