Fitch: fim das 'pedaladas' são leve impulso para o crédito bancário no Brasil

A Fitch avalia que os bancos públicos não devem aumentar de maneira significativa seu apetite por risco, porque a liquidez dos maiores bancos federais é limitada
Do JC Online
Publicado em 27/01/2016 às 15:15
A Fitch avalia que os bancos públicos não devem aumentar de maneira significativa seu apetite por risco, porque a liquidez dos maiores bancos federais é limitada Foto: Foto: Vanderlei Almeida/AFP


A agência de classificação de risco Fitch afirmou nesta quarta-feira (27) que a ação do governo do Brasil para acabar com as "pedaladas" fiscais e honrar suas obrigações devidas aos grandes bancos públicos são uma notícia "modestamente positiva" para o crédito no País. Segundo a agência, porém, o apetite baixo por risco dos bancos significa que não deve haver um impulso significativo para o crescimento geral dos empréstimos no setor.

A Fitch avalia que os bancos públicos não devem aumentar de maneira significativa seu apetite por risco, porque a liquidez dos maiores bancos federais é limitada. Os recebíveis do Tesouro do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal são R$ 27 bilhões, R$ 16 bilhões e R$ 5 bilhões, respectivamente, segundo a Fitch, e representam aproximadamente 4%, 2% e 1% do montante total de empréstimos de cada um deles, diz a agência. "Esses montantes também não devem representar um impacto no mercado geral de empréstimos", avalia a Fitch.

A agência diz que, embora o pagamento das "pedaladas" não seja significativo para fortalecer os empréstimos, ele é positivo para a governança dos bancos. "Como comentamos anteriormente, isso impõe um nível aperfeiçoado de separação entre o governo e os bancos públicos", diz a Fitch.

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