Foi assinado na manhã desta quarta-feira (17) o acordo entre o Governo Federal e a Associação dos Médicos Peritos da Previência Social (AMNP), colocando fim à greve da categoria em todo o País. Após mais de cinco meses de paralisação, a expectativa é que o atendimento à população leve de dois a seis meses para ser normalizado. Segundo levantamento do INSS divulgado no dia 19 de janeiro, cerca de 1,3 milhão de perícias já haviam deixado de ser feitas no Brasil desde o início da greve.
A assinatura do acordo aconteceu em Brasília, após reunião entre representantes da categoria e do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. No documento firam estabelecidos o reajuste salarial de 27,5% ao longo de quatro anos (a categoria pedia que o percentual fosse aplicado em no máximo dois anos); alterações nos percentuais de gratificação; devolução dos descontos pelo período de greve, entre outros pontos.
"Pedimos um percentual de aumento que não foi possível. O que foi dado não cobre a inflação. Mas, diante do cenário recessivo, conseguimos pelo menos o que foi concedido a outras categorias", comenta o representante da AMNP em Pernambuco, Adilson da Silva. Segundo ele, ainda vai ser definido o ritmo de trabalho dos médicos peritos no Estado para a normalização do atendimento, mas casos considerados prioritários, como a primeira solicitação de benefício, devem ter um prazo mais curto de espera.
Mesmo de greve, a categoria já havia ampliado os atendimentos em Pernambuco, dando prioridade aos casos de primeira solicitação e postergando as renovações de licença. De acordo com a Justiça, no entanto, pacientes que precisam de renovação mas não foram atendidos por causa da paralisação não podem ter o benefício suspenso pelo INSS.