O total de pessoal ocupado na indústria brasileira recuou 6,2% em 2015 na comparação com o ano anterior. Segundo os dados da Pesquisa Industrial Mensal – Emprego e Salário (Pimes), divulgada nesta quinta-feira (18) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), essa foi a queda mais acentuada do indicador, desde o início da série histórica, em 2002.
O emprego caiu nos 18 setores industriais pesquisados pelo IBGE. Os principais responsáveis pelo recuo de 6,2% foram meios de transporte (-11,4%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-13,9%), produtos de metal (-10,7%), máquinas e equipamentos (-8,3%), alimentos e bebidas (-2,2%), outros produtos da indústria de transformação (-9,7%) e vestuário (-6,4%).
De janeiro a dezembro de 2015, o número de horas pagas aos trabalhadores da indústria também recuou (-6,7%), bem como a folha de pagamento real, que fechou o ano passado com queda de 7,9%.
Analisando-se apenas o mês de dezembro, o total de pessoal ocupado recuou 0,6% na comparação com novembro, registrando a 12ª taxa negativa consecutiva nesse tipo de comparação. Na comparação com o mês de dezembro de 2014, também houve queda de 7,9%: a 51ª queda nesse tipo de comparação.
A pesquisa divulgada nesta quinta-feira (18) foi a última Pimes da série do IBGE. Conforme já antecipado pelo instituto há um ano, a pesquisa, que existia desde a década de 1970, foi extinta devido aos ganhos de qualidade das bases de dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, do Ministério do Trabalho) e à implantação da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), que produzem informações mensais sobre o mercado de trabalho em todo o país.
Segundo o IBGE, as novas informações produzidas por essas duas pesquisas reduziram de forma substantiva a relevância da Pimes, cujas informações eram repassadas pelas próprias empresas.