BM&FBovespa vê potencial de longo prazo em aquisição de fatias de bolsas

Segundo o executivo, a percepção é de que hoje o ambiente está favorável para essa iniciativa
Do Estadão Conteúdo
Publicado em 19/02/2016 às 11:49
Segundo o executivo, a percepção é de que hoje o ambiente está favorável para essa iniciativa Foto: Foto: Reprodução/ Internet


O projeto da BM&FBovespa de adquirir participações minoritárias em bolsas da América Latina tem um "potencial extraordinário", mas é de longo prazo, disse o diretor presidente da companhia, Edemir Pinto.

Segundo o executivo, a percepção é de que hoje o ambiente está favorável para essa iniciativa. "Os volumes (da América Latina) estavam indo para Londres e Nova York", destacou, lembrando que o movimento requer pouco investimento por parte da companhia.

O diretor executivo de Produtos da Bolsa, Eduardo Guardia, disse que foram feitas visitas para as bolsas e para os reguladores da região e a conclusão é de que houve uma mudança de postura. "Hoje elas têm maior clareza da estratégia da BM&FBovespa", disse. Guardia disse ainda que, atualmente, há uma equipe da Bolsa realizando um trabalho mais detalhado das regiões para haver um entendimento de quais são as oportunidades para a BM&FBovespa.

A BM&FBovespa já havia anunciado sua intenção de aquisição de participação em cinco bolsas da América Latina, até o limite permitido pela regulação local, que varia entre 5% e 15%. Além do Chile, onde a Bolsa brasileira já adquiriu 8% do capital (com a meta de chegar em 10%), faz parte dos planos a aquisição de fatias das bolsas de México, Peru e Colômbia.

Rebaixamento

O novo corte da nota de crédito do Brasil pela agência de classificação de riscos Standard & Poor's (S&P) é negativo para o País e para as companhias brasileiras, na avaliação de Edemir Pinto. "Essa questão de crise já é tradição no País", disse em reunião da Apimec com analistas e investidores. 

Nesta semana foi a segunda vez em apenas cinco meses que a S&P revisou para baixo o rating do Brasil, de "BB+" para "BB-" (longo prazo em moeda estrangeira) e de "BBB-" para "BB" (longo prazo em moeda local), com manutenção da perspectiva negativa. Na primeira, em setembro, o País perdeu o grau de investimento da agência.

Na esteira do soberano, a S&P rebaixou várias empresas, entre as quais a BM&FBovespa, cujo rating de longo prazo foi rebaixado de "BBB-" para "BB+", em observação com implicações negativas. Já o rating de curto prazo foi mantido em A-3 e colocado em observação com implicações negativas.


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