Com calor e ano bissexto, carga de energia sobe 2,0% em fevereiro, diz ONS

O volume de carga, divulgado mensalmente pelo ONS, é calculado a partir da soma de toda a energia movimentada no sistema elétrico
Do Estadão Conteúdo
Publicado em 07/03/2016 às 12:28
O volume de carga, divulgado mensalmente pelo ONS, é calculado a partir da soma de toda a energia movimentada no sistema elétrico Foto: Foto: Reprodução/Internet


A carga de energia que circulou pelo Sistema Interligado Nacional (SIN) em fevereiro cresceu 2,0% em relação a igual mês de 2015. Ante janeiro, a carga aumentou em 5,9%, informou nesta segunda-feira, 7, Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), apontando o calor e o ano bissexto como responsáveis pela alta. No acumulado de 12 meses, a carga ainda registra queda de 2,1%.

A carga total de energia do SIN ficou em 69.510 megawatts (MW) médios. O volume de carga, divulgado mensalmente pelo ONS, é calculado a partir da soma de toda a energia movimentada no sistema elétrico, mas difere do volume de energia consumida em função das perdas existentes na rede.

Segundo o Boletim de Carga Mensal do ONS, o baixo desempenho da atividade econômica, puxada pela queda na demanda interna, impactam negativamente a carga total circulada no SIN. Mas, em fevereiro, o aumento é explicado pelo número maior de dias deste mês em 2016, que teve 29 dias, porque o ano é bissexto, e pelo forte calor registrado nas regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste.

"A ocorrência de temperaturas relativamente elevadas nos subsistemas Sudeste/Centro-Oeste e Sul e o maior número de dias úteis, na comparação com o mesmo mês do ano anterior, contribuíram em sentido contrário, resultando em uma taxa de variação positiva da carga do SIN no mês de fevereiro/16", diz o boletim do ONS.

Entre as regiões do País, a maior alta na comparação com fevereiro de 2015 foi registrada no Norte (4,3%), seguida pelo subsistema Sudeste/Centro-Oeste (2,8%) e pelo Sul (1,1%). Na contramão, o subsistema Nordeste apresentou queda de 1,4%. "A carga do subsistema Nordeste que, ao longo de 2015, se mostrava menos sensível aos efeitos da conjuntura econômica adversa, já apresenta variações negativas nos primeiros dois meses de 2016", diz o boletim do ONS.

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