Em dia de instabilidade, dólar avança ante real com exterior e dados dos EUA

Dólar oscilou entre perdas e ganhos ao longo desta sexta, mas fechou aos R$ 3,2672, uma alta de 0,24%
Estadão Conteúdo
Publicado em 15/07/2016 às 18:40
Dólar oscilou entre perdas e ganhos ao longo desta sexta, mas fechou aos R$ 3,2672, uma alta de 0,24% Foto: Fotos: Fotos Públicas


O dólar oscilou entre perdas e ganhos ao longo de toda a sessão desta sexta-feira (15) mas se firmou em alta nos minutos finais do pregão, aos R$ 3,2672 (+0,24%) no mercado à vista. Os momentos de queda, principalmente pela manhã, foram conduzidos pela expectativa de ingresso de recursos no País, em meio ao cenário internacional de liquidez elevada. No entanto, prevaleceu no fechamento do câmbio doméstico a influência do avanço generalizado da moeda no exterior. O giro total ficou em US$ 1,533 bilhão, de acordo os registros da clearing da BM&F Bovespa.

O diretor da Correparti Corretora, Jefferson Rugik, explicou que a alta lá fora foi sustentada por dados norte-americanos positivos e pela cautela gerada pelo ataque, ontem, na cidade francesa de Nice. Entre os números positivos dos Estados Unidos, as vendas no varejo cresceram em junho acima do que os analistas esperavam, assim como a produção industrial. Já a inflação ao consumidor acelerou 0,2% no mesmo mês, em linha com a previsão. O Dollar Index avançava 0,58%, aos 96,638 pontos, no final do dia.

Internamente, a expectativa de ingresso de capital estrangeiro no País limitou a alta do dólar. Com a liquidez elevada no cenário internacional, os participantes do mercado vislumbram que o Brasil consiga atrair parte desses recursos, uma vez que os juros nacionais, com Selic em 14,25%, destoam do cenário de juros negativos em economias desenvolvidas.

No segmento futuro, o contrato de dólar para agosto avançou 0,93%, aos R$ 3,2970, com um volume de negócios de US$ 11,309 bilhões. Por volta das 17h30, o mercado internacional reagiu à informação das Forças Armadas da Turquia de que os militares tomaram o controle do governo para "restabelecer a ordem constitucional". Em resposta, houve forte queda da lira ante o dólar. O primeiro-ministro do País, Binali Yildirim, disse que havia uma tentativa de golpe em andamento e que os responsáveis pagariam caro por isso.

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