Em sessão de volume fraco, juros futuros fecham com viés de baixa

No fim da sessão regular, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI), que movimentou 36.390 contratos, fechou em 13,880%
Estadão Conteúdo
Publicado em 18/07/2016 às 17:41
No fim da sessão regular, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI), que movimentou 36.390 contratos, fechou em 13,880% Foto: Foto: Marcos Santos /USP Imagens


Os juros futuros terminaram entre a estabilidade e leve baixa a sessão regular, que foi pautada pelo volume muito reduzido de contratos negociados e oscilação restrita de taxas. Ao contrário do que se poderia imaginar a partir do fechamento tenso dos contratos na etapa estendida na sexta-feira, os conflitos na Turquia não chegaram a ter impacto hoje nos ativos domésticos, mesmo porque a situação se resolveu. A falta de destaques no noticiário e a agenda mais fraca também justificaram uma sessão esvaziada nesta segunda-feira (18) mas o ambiente externo calmo, o dólar em baixa e a pesquisa Focus colaboraram para um viés de queda para os contratos.

No fim da sessão regular, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI), que movimentou 36.390 contratos, fechou em 13,880% (máxima), de 13,875% no ajuste anterior. O DI janeiro de 2018 (59.450 contratos) encerrou em 12,67%, de 12,69% no último ajuste. O DI janeiro de 2021 (62.040 contratos) fechou em 11,95%, de 11,97%.

Após os conflitos que deixaram quase 300 mortos na Turquia, a liderança militar do país declarou oficialmente ontem que a tentativa de golpe contra o governo foi neutralizada, o que ajudou a lira turca a recuperar parte das perdas da última sessão. Por aqui, o impacto ficou limitado aos negócios no final da sexta-feira.

Na agenda doméstica, o único destaque foi a pesquisa Focus, que trouxe alívio das estimativas de inflação de 2017, favorecendo o viés de queda para o mercado. A mediana das previsões para o IPCA no ano que vem, onde está agora o foco do Banco Central na política monetária, passou de 5,40% para 5,30%, enquanto para 2016 a mediana permaneceu em 7,26%.

As taxas curtas fecharam coladas aos ajustes anteriores, refletindo o consenso do mercado de que a Selic deverá permanecer em 14,25% ao ano. Nesta terça-feira (19) o Comitê de Política Monetária (Copom) inicia sua reunião de política monetária de dois dias, a primeira sob da gestão de Ilan Goldfajn e de seus principais diretores.

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