A TIM anunciou nesta quinta-feira (21) a expectativa de que 70% das conexões pela operadora ocorrerão por meio da tecnologia 4G nos Jogos Olímpicos, enquanto na Copa do Mundo a parcela era de 10%. A visão é de que o evento será o mais conectado na história do Brasil, afirmou o diretor de tecnologia da companhia, Leonardo Capdeville, em coletiva de imprensa. "A Olimpíada é um gatilho para trabalharmos o Rio como laboratório de conectividade, levar a cidade a um patamar diferenciado em termos de cobertura", disse.
Ao final de 2016, o Rio deve ser a primeira cidade com mais conexões 4G do que 3G, com porcentual acima de 50%, prevê a TIM, e logo será seguida por São Paulo. A tele espera ainda expandir a tecnologia 4G para mil cidades ao final do ano. Atualmente, são 520 municípios com acesso à tecnologia, enquanto em dezembro de 2015 eram 400 cidades. Atualmente, 40% das conexões no Rio são em 4G, enquanto, em São Paulo, o porcentual está em 39%.
Em período de silêncio pela proximidade da divulgação do balanço, na próxima semana, a companhia não informou os valores investidos na estrutura dos Jogos Olímpicos. Entretanto, a operadora antecipou o que seria feito na capital fluminense, com o aumento do número de sites (antenas) 3G e 4G. No caso da tecnologia 3G, os sites 3G eram 883 no fim do ano passado, subirão para 1.003 no evento e terminarão 2016 em 1.200. No caso do 4G, eram 773 sites, chegarão a 1.137 na Olimpíada e atingirão 1.330 no fim do ano.
Durante a Copa do Mundo, 90% das conexões se deram por meio do 3G. O lançamento do 4G ocorreu um ano antes, na Copa das Confederações. No evento futebolístico, usuários de todas operadoras reclamaram de problemas com conexões, especialmente no tráfego de dados.
O diretor da TIM pondera que na conexão 3G ocorre uma degradação do serviço conforme há um grande número de usuários conectados em uma antena. "Já o 4G suporta mais usuários conectados", afirmou, indicando que o problema não deve ocorrer no evento esportivo de agosto.
Outro esforço foi no sentido de aumentar os acordos com operadoras internacionais, segundo o executivo. No 3G, eram 333 operadoras de 155 Países, número que subirá para mais de 345 empresas em 160 países neste ano. No 4G, estão previstos acordos com mais de 60 operadoras de mais de 30 países, ante 20 operadoras de 18 países no ano passado.
Entre as tecnologias que serão testadas, está a adoção do serviço de conexão móvel de alta velocidade, agregando duas faixas de frequência distintas (normalmente se usa apenas uma). A junção das frequências, explica ele, permite o aumento significativo da velocidade de downloads de dados.