O Bradesco esclareceu que firmou compromisso com o Ministério Público Federal no âmbito da Operação Greenfield relativo ao FIP Enseada, que foi "no passado" administrado e gerido pelas empresas do grupo BEM - Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários e Bram - Bradesco Asset Management.
Em nota à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o banco diz que o compromisso, homologado pelo Juízo da 10ª Vara Federal do Distrito Federal, "visa a liberar as medidas constritivas de bens, mediante o oferecimento de garantias até R$ 104 milhões, ressalvando que sua assinatura não significa o reconhecimento de qualquer responsabilidade civil ou criminal por parte das empresas e seus administradores".
A instituição diz ainda que os administradores e funcionários permanecem à disposição para prestar esclarecimentos adicionais às autoridades, independentemente de intimação formal e que "a Organização Bradesco reitera que exerce atividades relacionadas à gestão e administração de fundos em consonância com as melhores práticas do mercado, normas e regulamentos do setor."
Nessa segunda-feira (19) o Broadcast (serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado) publicou que a BEM Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários, empresa ligada ao Bradesco, fechou acordo com o MPF na Operação Greenfield, por meio do qual se compromete a dar garantias de R$ 104 milhões, em juízo, para cobrir eventuais prejuízos causados aos fundos de pensão Petros (Petrobras) e Funcef (Caixa).
O valor corresponde aos R$ 34 milhões aportados pelos fundos no FIP Enseada. O valor está atualizado pelo IPCA mais 15% ao ano. A Greenfield investiga o aporte de quatro fundos de pensão - Petros, Funcef, Previ e Postalis - em 10 empreendimentos. O FIP Enseada foi criado para que houvesse investimento na CBTD, empresa sucesso da Gradiente. A transação efetivou-se em 2008.