O dólar firmou-se em alta ante o real, num movimento global de aversão ao risco no período vespertino. As preocupações em torno da saúde financeira do Deutsche Bank afastaram os investidores de moedas ligadas a commodities e de economias emergentes, incluindo o real.
No mercado à vista, o dólar avançou 0,96%, aos R$ 3,2540, maior nível de encerramento desde 20 de setembro, de R$ 3,2631. Na máxima, a divisa norte-americana chegou aos R$ 3,2665, com elevação de 1,35%. De acordo com dados registrados na clearing da BM&FBovespa, o volume de negócios somou US$ 2,697 bilhões.
O dólar futuro para outubro avançou 1,34%, aos R$ 3,2590, com giro de US$ 17,835 bilhões.
O principal catalisador no período vespertino foi a informação, divulgada pela Bloomberg, de que alguns fundos que compensam derivativos junto ao banco alemão estariam retirando parte do dinheiro em excesso e desmontando posições junto à instituição, o que elevou suspeitas sobre sua saúde financeira.
Por aqui, o dólar saiu de patamares próximos da estabilidade para as máximas da sessão. Entretanto, após o impacto inicial das notícias sobre o banco alemão, a divisa norte-americana desacelerou o avanço - apesar de se manter em alta significativa - sob atuação de agentes financeiros com posição vendida à luz da formação da última taxa Ptax de setembro, amanhã.
Ainda domesticamente, os agentes financeiros acompanharam as declarações do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, mas apontaram a ansiedade por medidas mais concretas. Meirelles reforçou hoje que o texto da proposta de emenda constitucional que estabelece um limite aos gastos públicos - a PEC 241 - será fechado até segunda-feira ou terça-feira, data em que o governo pretende encaminhar o relatório para leitura na comissão especial que analisa a matéria.