A crise da indústria automobilística no Brasil continua a derrubar as remessas de lucros das montadoras instaladas no País às suas respectivas matrizes no exterior. De janeiro a agosto, foram enviados US$ 38 milhões, queda de 72,4% em relação a igual período do ano passado, segundo levantamento apresentado nesta segunda-feira (17) pelo vice-presidente da Ford e vice-presidente da Anfavea, Rogelio Golfarb, com base em dados do Banco Central.
Em todo o ano passado, o tombo foi de 70% ante 2014, para US$ 271 milhões. Os recuos refletem as consecutivas baixas na venda e na produção de veículos no Brasil. No acumulado de janeiro a setembro, o mercado de veículos novos apresenta contração de 22,8%. A produção, na mesma comparação, tem queda de 18,5%.
Por outro lado, as transferências de recursos das matrizes para suas filiais brasileiras (participação no capital) seguem em alta. De janeiro a agosto deste ano, os aportes somaram US$ 3,905 bilhões, crescimento de 189,5% sobre o resultado de igual intervalo do ano passado. Em 2015, a expansão foi de 55% em relação a 2014, para US$ 4,518 bilhões.