A volta do crescimento da indústria no Brasil não se dará antes de 2018. Essa é a avaliação do presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade, que acompanhou a visita do presidente Michel Temer a Tóquio, no Japão.
Para o líder empresarial, o retorno do crescimento é moroso pela necessidade de se construir um "ambiente propício". "Essa recuperação não é imediata", entende. "O crescimento da indústria depende, além do otimismo que retornou e está retornando para o empresariado - o que já é importante -, do aumento do mercado interno e das possibilidades de exportações."
Ainda segundo Andrade, a demanda interna precisa ser reaquecida, ao mesmo tempo em que o governo precisa retomar as negociações de acordos comerciais que estimulem as vendas ao exterior.
"As exportações dependem muito dos acordos internacionais que o Brasil está correndo atrás para fazer. E o mercado interno depende de confiança que está sendo readquirida, de investimentos, de geração de emprego", diz. "Eu acho que em 2016 nós estabilizamos, paramos de perder. Acho que 2017 vai ser um ano em que vamos começar a plantar para recuperar, mas o crescimento da indústria mesmo é em 2018."
Na quarta-feira, 19, também em Tóquio, o primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, afirmou que apoia a política macroeconômica e o programa de concessões e privatizações do governo de Michel Temer. A declaração foi feita em dois momentos do encontro bilateral entre os dois líderes políticos. De acordo com o premiê, o Brasil "representa um enorme mercado, e a abertura pode tornar esse mercado ainda mais atraente." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.