A Intenção de Consumo das Famílias (ICF) subiu 2,4% em outubro na comparação com setembro, para 73,9 pontos, informou nesta quarta-feira (26), a Confederação Nacional do Comércio, Bens, Serviços e Turismo (CNC). Apesar da alta na margem, o indicador está 5,7% abaixo de outubro de 2015, quando estava em 78,4 pontos.
O ICF é medido numa escala de 0 a 200 pontos. O nível de 100 pontos é considerado "zona de indiferença", na metodologia adotada pela CNC.
"Há três meses que todos os componentes da ICF apresentam variação positiva na comparação mensal, mas, embora a confiança esteja subindo, ela ainda não foi transformada em vendas", diz nota distribuída pela CNC. Inflação ainda elevada e mercado de trabalho em deterioração são as principais explicações para a "cautela" do consumidor, segundo a CNC.
De acordo com os dados divulgados nesta quarta, o indicador de Emprego Atual ficou em 105,6 pontos, único acima da zona de 100 pontos. Em relação a setembro, o índice subiu 0,8%, mas ante outubro de 2015, apresentou uma redução de 0,4%. "O porcentual de famílias que se sentem mais seguras em relação ao Emprego Atual é de 30,5%", diz a CNC.
Já o indicador de Nível de Consumo Atual subiu 2,3% na comparação com setembro, mas teve retração de 17,6% ante outubro de 2015. Conforme a CNC, 63,6% dos entrevistados declararam estar com o nível de consumo menor do que em 2015. O índice está em 47,5 pontos.
Com 66,8 pontos, as Compras a Prazo também cresceram 2,2% ante setembro e diminuíram 11,7% ante outubro de 2015. Na mesma tendência, o componente Momento para Duráveis subiu 3,4% na comparação mensal e recuou 10,2% na comparação anual. Segundo a CNC, esse índice teve o pior resultado entre todos os componentes, com 46,1 pontos.