O debate sobre imigração nos Estados Unidos é outro assunto de interesse dos brasileiros que vivem lá ou fazem planos de se mudar para o país. A democrata Hillary Clinton propõe uma reforma imigratória para regularizar imigrantes ilegais, que trabalham, pagam impostos e não cometem crimes no país. Já Donald Trump tem propostas mais radicais, como deportação de imigrantes ilegais, suspensão da imigração de alguns países e até a construção de um muro na fronteira dos EUA com o México (pago pelo governo mexicano).
“Ninguém é a favor de uma deportação em massa, mas o número crescente de imigrantes ilegais tem prejudicado a economia e a segurança nos Estados Unidos. São 20 milhões de ilegais vivendo no país e isso prejudica quem quer entrar com visto de trabalho, por exemplo. Atualmente, são 85 mil vagas (20 mil para universidades e 65 mil para empresas privadas) e não aumenta porque o governo está preocupado em controlar os ilegais”, observa a advogada especialista em imigração, Ingrid Baracchini.
Na avaliação dela, Hillary deverá repetir o modelo do governo Obama, que protegeu os ilegais e os mais pobres, além de acabar com a separação de pais e filhos promovidas atualmente por algumas leis de migração. Ela explica que os presidentes americanos geralmente não alteram as leis de imigração que são codificadas. O que ele pode alterar, por meio de decretos, por exemplo, são os benefícios concedidos.
Para viver legalmente nos EUA, o recomendado é tentar o green card, que permite morar, trabalhar, abrir empresa e se aposentar em solo americano. Mas está cada vez mais difícil.