O presidente Michel Temer reuniu-se com o ministro interino do Planejamento, Dyogo Oliveira, e com o secretário da Previdência, Marcelo Caetano, na tarde desta sexta-feira, 2, para tentar fechar os últimos pontos da proposta de reforma da Previdência. A intenção do governo é enviar o texto na semana que vem para o Congresso.
Na segunda-feira, Temer cancelou a participação que faria em um evento da Fiesp, em São Paulo, e deve de novo concentrar-se no tema. Está prevista uma reunião com representantes das centrais sindicais e também com líderes da base.
Conforme mostrou o jornal "O Estado de S. Paulo" hoje, a aposentadoria dos políticos é o ponto ainda em aberto no texto final da reforma da Previdência. A proposta elaborada pela equipe técnica inclui os parlamentares entre os que vão ter de seguir as regras mais rígidas para se aposentar, como idade mínima e tempo de contribuição mais longo. No entanto, o presidente Michel Temer ainda não bateu o martelo se vale a pena manter essa proposta e comprar o desgaste político com o Congresso.
Sem fritura
Também na tarde desta sexta-feira, o presidente reuniu-se com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, para ser informado do andamento das negociações com governadores. O presidente definiu ainda, como uma forma de sinalização ao mercado para blindar a equipe econômica, que vai efetivar Dyogo no Planejamento. Diante de críticas à dificuldade de a equipe econômica conseguir colocar em prática as medidas de recuperação da economia cresceu a especulação de uma possível "fritura" de Meirelles.
A data do anúncio de Dyogo como efetivo, entretanto, ainda não está confirmada. A oficialização pode acontecer por meio de nota, por informação via porta-voz ou apenas com a publicação de ato no Diário Oficial da União.