Dólar à vista sobe a R$ 3,24 com cautela no exterior

Alta do dólar foi encarada por especialistas como uma busca por proteção dos mercados, diante de importantes eventos internacionais nos próximos dias
Estadão Conteúdo
Publicado em 16/01/2017 às 19:36
Alta do dólar foi encarada por especialistas como uma busca por proteção dos mercados, diante de importantes eventos internacionais nos próximos dias Foto: Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil


O dólar acelerou a alta no final da sessão desta segunda-feira (16) e encerrou aos R$ 3,2421 (+0,76%) no mercado à vista. O movimento foi atribuído por especialistas à busca por proteção antes de importantes eventos internacionais nos próximos dias, a começar amanhã pelo discurso da premiê britânica, Theresa May.

A preocupação é de que a primeira-ministra adote uma postura mais dura na separação com a União Europeia, resultando numa ruptura mais bruta entre as partes. A mídia britânica já apontou que Theresa May aumentará a pressão para deixar o bloco econômico em troca de um controle maior da política de imigração

Por aqui, o dólar à vista fechou aos R$ 3,2421 (+0,76%), nível mais elevado desde 3 de janeiro, quando marcou R$ 3,2615. Além disso, o valor no fim do dia ficou levemente aquém da máxima, de R$ 3,2423 (+0,77%).

O marco principal da semana e maior fonte de incertezas para o mercado, entretanto, só ocorre na sexta-feira, com o início do governo de Donald Trump. A campanha eleitoral do republicano foi marcada por promessas de investimentos em infraestrutura, aumento do protecionismo comercial e acirramento da disputa com a China. No entanto, mesmo com a entrevista coletiva na semana passada, Trump ainda não deixou claro como fará o país acelerar seu crescimento econômico.

No segmento futuro, o contrato de dólar mais líquido, para fevereiro de 2017, encerrou em alta de 0,65%, aos R$ 3,2585, enquanto o pico da sessão foi registrado em R$ 3,2600 (+0,69%).

Hoje, a ausência das operações nos Estados Unidos, por causa do feriado do Dia de Martin Luther King Jr, limitou o volume de negócios por aqui. Com isso, o impacto das operações no câmbio foram potencializadas nas cotações, de acordo com profissionais ouvidos pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado.O giro registrado no mercado à vista somou apenas US$ 328,352 milhões, enquanto o contrato futuro mais líquido, para fevereiro de 2017, movimentou US$ 5,115 bilhões.

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