O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) revisou mais uma vez para baixo a previsão de chuvas para a área de influência dos reservatórios da região Sudeste, os mais importantes do Brasil. Também foram reduzidas as projeções de armazenamento para a região Norte, de 60% para 55% da média de longo termo (MLT). Já a expectativa para as precipitações no Nordeste, que sofre há mais de um ano com a seca, foi elevada, para 31%, acima dos 28% projetados anteriormente. Por fim, para o Sul, agora o operador espera chuvas acima da média histórica, em 107% da MLT, ante os 94% anteriores.
Nordeste, a projeção atual indica que o armazenamento nos reservatórios deve alcançar 21,5% da capacidade, acima dos 20,2% sinalizados semana passada e dos 18,73% anotados na quinta.
No Sudeste, agora, a expectativa para o fim de fevereiro é de que as precipitações correspondam a 80% da média histórica, abaixo dos 85% estimados na semana passada.
O volume de chuvas previsto permitirá que os nível de armazenamento se recupere em todos os subsistemas até o fim do mês. De acordo com o ONS, os reservatórios do Sudeste/Centro-Oeste devem encerrar o mês com 43,6% de sua capacidade, abaixo dos 44,5% estimados anteriormente, mas acima dos 39,38% observados na quinta. Já na região Norte, o nível de armazenamento deve chegar a 26%, abaixo dos 28,1% calculados na revisão anterior e superior aos 24,97% de quinta-feira.
O ONS também fez um leve ajuste em sua previsão de carga no Sistema Interligado Nacional (SIN) para fevereiro, passando a estimar 69.470 MW médios, o que corresponde a um aumento de 1,8% ante o verificado no mesmo mês de 2016. Na prática, o operador praticamente retomou a previsão anunciada inicialmente, elevando ligeiramente os números em relação aos 69.425 MW médios anotados semana passada (+1,7%).
Na revisão, o operador reduziu a expectativa de demanda para o principal centro de carga, o Subsistema Sudeste/Centro-Oeste, estimando agora 40.718 MW médios no mês, alta de 1% na base anual (a projeção anterior apontava para alta de 1,3%). As demais regiões tiveram os números revistos para cima: a previsão para a região Sul é de alta na carga de 0,8%, ante aumento de 0,6% indicado na semana passada. O Nordeste deve apresentar crescimento 6,8% na carga, acima dos 6,6% da previsão anterior.