As contas externas fecharam o mês de março com saldo positivo, de acordo com dados divulgados nesta terça-feira (25) pelo Banco Central (BC).
No mês passado, as transações correntes do País, formadas pelas compras e as vendas de mercadorias e serviços e transferências de renda do Brasil com o mundo, ficaram positivas em US$ 1,397 bilhão, o melhor resultado para o mês desde 2005, quando foi registrado superávit de US$ 1,716 bilhão.
Esse também foi o primeiro superávit registrado em março, desde 2007, quando ficou em US$ 185 milhões.
Nos três meses do ano, as transações correntes registraram déficit de US$ 4,624 bilhões, contra US$ 7,597 bilhões no primeiro trimestre de 2016.
Segundo o BC, o superávit é devido ao “expressivo saldo comercial”. A balança comercial (exportações e importações de produtos) contribuiu para reduzir o déficit em transações correntes, ao registrar superávit de US$ 6,935 bilhões, em março, e de US$ 13,816 no primeiro trimestre.
A conta que registrou maior saldo negativo foi a de renda primária (lucros e dividendos, pagamentos de juros e salários), com déficit US$ 11,595 bilhões, no primeiro trimestre, e US$ 3,194 bilhões, no mês passado.
A conta de serviços (viagens internacionais, transportes, aluguel de equipamentos, seguros, entre outros) registrou saldo negativo de US$ 7,368 bilhões, de janeiro a março, US$ 2,523 bilhões, no mês passado.
A conta de renda secundária (renda gerada em uma economia e distribuída para outra, como doações e remessas de dólares, sem contrapartida de serviços ou bens) apresentou saldo positivo de US$ 523 milhões, no três meses do ano, e de US$ 178 milhões, em março.
O investimento direto no país (IDP), recursos que entram no Brasil e vão para o setor produtivo da economia, chegou a US$ 7,109 bilhões, em março, e a US$ 23,943 bilhões, no primeiro trimestre.
O país registrou saída de investimento em ações negociadas em bolsas de valores no Brasil e no exterior e em fundos de investimento no total de US$ 657 milhões, nos três meses do ano.
No primeiro trimestre, também houve saída de investimentos em títulos negociados no país de US$ 1,116 bilhão.