A estimativa do Banco Central para a dívida externa brasileira em junho é de US$ 307,293 bilhões. Segundo a instituição, o ano de 2016 terminou com uma dívida de US$ 321,297 bilhões.
A dívida externa de longo prazo atingiu US$ 259,611 bilhões em junho, enquanto o estoque de curto prazo ficou em US$ 47,683 bilhões no fim do mês passado, segundo as estimativas do BC.
De acordo com a instituição, merecem destaques na dívida externa de longo prazo no ano desembolsos de títulos do setor financeiro em dólares, de US$ 1,4 bilhão, e as amortizações dos empréstimos de outros setores em dólares, de US$ 2,9 bilhões, e dos títulos do governo em dólares, de US$ 452 milhões.
A remessa de lucros e dividendos de companhias instaladas no Brasil para suas matrizes foi de US$ 1,231 bilhão em junho, informou nesta sexta-feira, 21, o Banco Central. A saída líquida representa um volume menor que o US$ 1,399 bilhão que foram enviados em igual mês do ano passado, já descontados os ingressos.
No acumulado de janeiro a junho deste ano, a saída líquida de recursos via remessa de lucros e dividendos alcançou US$ 8,756 bilhões. O total é superior ao registrado em igual período do ano passado, quando as remessas foram de US$ 7,876 bilhões. A expectativa do BC é que a remessa de lucros e dividendos deste ano some US$ 24,5 bilhões.
O Banco Central informou também que as despesas com juros externos somaram US$ 1,419 bilhão em junho, ante US$ 1,491 bilhão em igual mês do ano passado. No acumulado do primeiro semestre, essas despesas alcançaram US$ 11,092 bilhões, valor maior que os US$ 9,776 bilhões de igual período do ano passado. Para este ano, o BC projeta pagamento de juros no valor de US$ 22,5 bilhões.
O investimento estrangeiro em ações brasileiras ficou negativo em US$ 882 milhões em junho, segundo o BC. Em igual mês do ano passado, o resultado havia sido positivo em US$ 2,162 bilhões.
No acumulado do primeiro semestre, o saldo está no vermelho em US$ 1,120 bilhão. Pelos cálculos do Banco Central, o saldo das operações de investidores estrangeiros no mercado brasileiro de ações será neutro em 2017.
Já o saldo de investimento estrangeiro em títulos de renda fixa negociados no País ficou negativo em US$ 1,772 bilhão em junho e positivo em US$ 1,755 bilhões no acumulado do primeiro semestre. Para 2017, a estimativa do BC também é de saldo neutro nas operações com renda fixa.
Em junho do ano passado, as aplicações em renda fixa foram negativas em US$ 1,071 bilhão e, no acumulado de janeiro a junho de 2016, negativas em US$ 11,389 bilhões. O saldo foi negativo em US$ 26,664 bilhões no ano passado.
O Banco Central informou, ainda, que a taxa de rolagem de empréstimos de médio e longo prazos captados no exterior ficou em 72% em junho. Esse patamar significa que não houve captação de valor em quantidade para rolar compromissos das empresas no período. O resultado ficou abaixo do verificado em junho do ano passado, quando a taxa havia sido de 110%.
De acordo com os números apresentados nesta sexta pelo BC, a taxa de rolagem dos títulos de longo prazo, antes chamados de "bônus, notes e commercial papers", ficou em 51% em junho. Em igual mês de 2016, havia sido de 44%. Já os empréstimos diretos atingiram 76% no mês passado, ante 133% de junho do ano anterior
No acumulado do primeiro semestre de 2017, a taxa de rolagem total ficou em 93%. Os títulos de longo prazo tiveram taxa de 123% e os empréstimos diretos, de 87% no período. O BC estima taxa de rolagem de 80% para 2017.