A atividade da indústria da construção civil voltou a apresentar queda em junho. O indicador medido pela Sondagem da Indústria da Construção da Confederação Nacional da Indústria (CNI) ficou em 42,8 pontos, abaixo da linha divisória de 50 pontos, o que indica retração. Em maio, o índice estava em 44,1 pontos. Em junho de 2016, no entanto, o número era um pouco pior do que neste ano, em 41,2 pontos.
O uso da capacidade instalada permaneceu estável em 55%, mesmo patamar do mês anterior. Em junho do ano passado, o porcentual era de 56%. Já o número de empregados caiu levemente, de 42,7 em maio para 41,8 pontos no mês passado, acima de junho de 2016, quando era 38,1 pontos.
Já o nível de atividade em relação ao usual está em patamares baixos, com queda de 30,3 em maio para 29,6 pontos em junho. O índice estava em 27,2 pontos em junho do ano passado.
No segundo trimestre, os industriais do setor da construção estão insatisfeitos com o acesso ao crédito (28,5 pontos), com a margem de lucro (33,1 pontos) e com a situação financeira (37,2 pontos). Pela metodologia da pesquisa, números abaixo de 50 indicam insatisfação.
Para o próximo semestre, os empresários continuam pessimistas. Para o nível de atividade, o índice que mede as expectativas caiu de 49,7 pontos na pesquisa de junho para 48,6 pontos na divulgada nesta quinta-feira, 27. Era de 44,6 pontos em julho do ano passado. As expectativas para o número de empregados (47,8 pontos), compras de matéria-prima (47,5 pontos) e novos empreendimentos (47,6 pontos) ficaram todas abaixo dos 50 pontos, o que significa pessimismo.
Também o índice de investimento está bem abaixo da linha divisória, em 26,7 pontos, ante 27,2 pontos em junho. Está levemente maior, porém, do que em julho do ano passado (25,3 pontos). Já o índice de confiança caiu a 48,4 pontos, depois de registrar 50,4 em junho. O indicador estava em 44,4 pontos em julho do ano passado.