O consumo de bens industriais cresceu 1,1% em junho, segundo o Indicador Ipea de Consumo Aparente (CA) da Indústria. Composto pela produção industrial doméstica, acrescida das importações e diminuída das exportações, o indicador também aponta aumento de 0,4% no segundo trimestre.
Na comparação com o mesmo mês de 2016, o indicador atingiu patamar 3,5% inferior. Também comparado com o ano passado, o resultado trimestral caiu 1,9%. O maior destaque positivo foram os bens de capital, que registraram crescimento de 4,1% em junho. No entanto, os bens de consumo duráveis recuaram 7,8%, ainda que tenham terminado o segundo trimestre com avanço de 1,5%. Já na comparação com o mesmo período de 2016, a queda foi generalizada. Com exceção dos bens de consumo duráveis, todas as categorias registraram variação negativa sobre junho do ano anterior.
Os segmentos que mais deram contribuições positivas foram o de produtos alimentícios, com alta de 5,2%, e o de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis, com expansão de 3,6%. “A demanda por bens industriais volta a crescer em junho com destaque para os produtos alimentícios”, destaca José Ronaldo de Castro Souza Júnior, diretor de Estudos e Políticas Macroeconômicas do Ipea.
No total, nove segmentos registraram variação positiva, em comparação com junho de 2016. Em relação ao resultado acumulado em 12 meses, dez segmentos já apresentam variação positiva até o mês de junho, principalmente a fabricação de produtos alimentícios (3,5%) e veículos automotores, reboques e carrocerias (2,5%).