A Polícia Civil da Bahia investiga formação de duas novas pirâmides financeiras que estariam atuando em vários Estados do Brasil, inclusive Pernambuco, e em outros países. As empresas alvo da investigação se chamam D9 Empreendimentos e Tips Clube e prometiam dinheiro fácil com apostas em jogos esportivos.
Na semana passada, a Polícia Civil da Bahia deflagrou a operação Gizé para apreender computadores, documentos, extrato bancários e outros materiais que serviriam de base para a investigação.
Apenas na D9 Empreendimentos, há 300 mil contas abertas, afirma o delegado do Departamento de Crimes Contra o Patrimônio (DCCP), Delmar Bittencourt. "A pirâmide financeira atrai as pessoas oferecendo serviços ou produtos que não existem. Nós entrevistamos participantes da D9 e descobrimos que não foi feito o treinamento proposto para fazer essas apostas".
O negócio começou em Itabuna, município no interior da Bahia. Para entrar no negócio, a pessoa tinha que pagar uma cota no valor de R$ 6.750. As vítimas criavam uma conta na plataforma das empresas para investir dinheiro. Só que o rendimento era fictício. O lucro obtido não estava disponível para os investidores. Segundo Bittencourt, o negócio existia há cerca de dois anos. "
A suspeita é de que os formadores das pirâmides, que estão no exterior agora, migraram da Telexfree, empresa que chegou a associar um milhão de pessoas, segundo estimativas do Ministério Público do Acre. O principal negócio ofertado era de tecnologia de ligações via internet (VolP). Cerca de 99% do dinheiro arrecadado vinha de novos investidores, o que configura a prática de pirâmide.