A conta de luz aumentou menos em agosto, o que ajudou a desacelerar a inflação ao consumidor dentro do Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) do mês, informou a Fundação Getúlio Vargas (FGV) nesta quarta-feira, 6. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC-DI) subiu 0,13% em agosto, após um avanço de 0,38% em julho.
Seis das oito classes de despesa tiveram taxas de variação menores. A principal contribuição para o arrefecimento da inflação partiu do grupo Habitação, que saiu de 1,15% em agosto para 0,23% em julho, sob influência do item tarifa de eletricidade residencial, que passou de alta de 5,95% para aumento de 1,32% no período.
Também houve variação menor nos grupos: Alimentação (de -0,22% para -0,83%), Comunicação (de 0,58% para 0,05%), Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,32% para 0,21%), Educação, Leitura e Recreação (de 0,19% para 0,13%) e Despesas Diversas (de 0,18% para 0,10%).
Os destaques partiram dos itens hortaliças e legumes (de 1,49% para -8,09%), pacotes de telefonia fixa e internet (de 1,70% para 0,00%), artigos de higiene e cuidado pessoal (de 0,08% para -0,24%), salas de espetáculo (de 1,93% para 0,17%) e cartão de telefone (de 1,24% para 0,00%), respectivamente.
Na direção oposta, as taxas foram mais altas em Transportes (de 0,40% para 1,46%) e Vestuário (de -0,08% para 0,12%), com impacto dos itens gasolina (de 2,61% para 6,42%) e roupas (de -0,31% para -0,02%).
O núcleo do IPC registrou alta de 0,14% em agosto, ante avanço de 0,13% em julho. Dos 85 itens componentes do IPC, 44 foram excluídos do cálculo do núcleo. O índice de difusão, que mede a proporção de itens com aumentos de preços, foi de 44,67% em agosto, 7,11 pontos porcentuais abaixo do resultado de 51,78% registrado em julho.
Os custos materiais de construção pressionaram a inflação do setor em agosto no IGP-DI. O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) avançou 0,36% no último mês, após uma alta de 0,30% em julho. O índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços subiu 0,39% em agosto, ante um aumento de 0,07% no mês anterior. Já o índice que representa o custo da Mão de Obra teve elevação de 0,33% em agosto, depois do aumento de 0,49% em julho, segundo a FGV.