Os comerciantes brasileiros ficaram menos confiantes em setembro, segundo dados divulgados nesta terça-feira (26) pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) recuou 0,3% em relação a agosto, para 104,8 pontos.
O resultado ainda manteve-se acima da zona de indiferença (de 100 pontos), indicando otimismo por parte dos comerciantes. Na comparação com setembro de 2016, o Icec teve alta de 12%.
"Apesar da queda mensal, a melhora gradual no desempenho do comércio vem promovendo o aumento da confiança dos comerciantes no ano", ressaltou Izis Ferreira, economista da CNC, em nota oficial.
O fim do período de saques das contas inativas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) piorou a avaliação dos varejistas em relação às condições atuais, que recuou 1,5% em setembro ante agosto. Em relação a setembro do ano passado, porém, o subíndice registrou um salto de 42,1%.
A pesquisa mostra que 35,4% dos comerciantes consideram o desempenho do comércio melhor do que há um ano. No mesmo período de 2016, esse porcentual alcançava 22,8% dos entrevistados.
As perspectivas do empresário para o curto prazo registraram piora de 0,4% na passagem de agosto para setembro, para 147,6 pontos. Na comparação com setembro de 2016, houve melhora de 2,5%.
Na avaliação de 78,4% dos entrevistados, a economia vai melhorar nos seis meses à frente. Em agosto, esse porcentual era de 77,0%
Já as intenções de investimento do comércio tiveram aumento de 0,8% em setembro ante agosto. Na comparação com setembro do ano passado, o subíndice cresceu 9,3%, com avanços nas intenções de investimento nas empresas (15,7%), na contratação de funcionários (11%) e em estoques (2,2%).
Embora 28,5% dos comerciantes consultados considerem que o nível dos estoques estava acima do que esperavam vender, essa proporção foi menor do que a apontada em agosto, quando estava em 29%.
A retomada gradual das vendas do varejo no curto prazo fortalece o cenário de desempenho mais favorável do comércio em 2017, mas a recuperação mais vigorosa será determinada pela evolução do mercado de trabalho, principalmente a geração de postos de trabalho formais, defendeu a CNC.